"Siga seu coração"

16:51

(via)

É, talvez, o conselho mais dado. De Jedis à amigos próximos, ouvimos que seguir este órgão pulsante é a forma mais bela de se viver.
Mas afinal, o que é seguir o coração?
Como saber o que ele diz?
Tantas vozes, tantas opções.
Qual caminho indica?
Tantas placas, tantas setas.
Em qual coordenada confiar?
Tantas longitudes, tantas altitudes.
Qual farol ilumina este mar?

Eu sempre acreditei que, quando fosse necessário, meu coração me apontaria o norte. Porém e o Sul? O Leste? Oeste? Sudeste?
Descobri que podem existir tantos pontos cardinais quanto sal no mar -aquele, revolto, onde o farol está perdido, numa suposta terra firme que todos confirmam existir. Entretanto, ela não consta nos mapas.

E por qual motivo esta terra, a qual todos procuram, nunca fora mapeada?

Primeiro, por ela não ser um lugar estático: pode mudar com o tempo.
Segundo, por ela não ser igual para todos. Cada um pode encontrar sua própria localização.
Terceiro, por ela não existir.
Nós a criamos.
Ela só existe para quem a faz existir.

Eu diria que é nesta terra que vivem nossos sonhos mais profundos -aqueles que não contamos nem para o nosso reflexo na poça d'agua.
E nossos medos.
E nossas vergonhas.
E nossas angústias.
E nosso eu.

Essa terra está dentro de nós.
Seguir nosso coração é ouvir nosso próprio corpo, é medir nossa própria respiração.
É conhecer o que nos brilha os olhos e o que nos tira um riso bobo.
É saber quem somos, respeitar de onde viemos.

Esse texto começou com uma conversa que tive com um grande amigo meu, e terminou com outra conversa que tive com outro grande amigo meu, que por sinal, me perguntou se ele deveria ser movido pela razão ou pela sentimentalidade.

Então, meu amigo, como me disseram e esses dias eu te disse:  para o cérebro o coração sempre estará errado, afinal ele age por impulso. E sim, o coração erra: mas é errando que ele amadurece.
E te digo mais:
É colocando o dedo na tomada que a gente aprende que leva choque, sabe?
Porém a gente não aprende a voar mantendo os pés no chão sempre.
Meu amigo, meu amigo... Se a gente aposta, a gente pode sim perder. Mas pode ganhar, também. E, seja qual for o resultado, a gente sempre sai vencedor: experiência, aprendizado, história pra contar...
Tá com medo? Sinto ter que ser tão sincera contigo, mas o medo nunca passa. Ele está sempre presente, de alguma forma. Ficar esperando "não ter medo" para fazer algo é o mesmo que esperar que o vento não balance as árvores para então pegar as frutas. Então, meu amigo, vai com medo mesmo. No caminho tu acaba esquecendo dele, ou dando menos importância.
Esse é nosso último ano de ensino médio. Já parou pra pensar nisso? Já parou pra pensar no que tu tem feito para tornar este o último e melhor ano de escola?
Meu amigo, para de deixar pra amanhã tendo um hoje com tantas possibilidades esperando uma simples atitude.
Encontra tua terra, teu porto seguro: te encontra. E, em ti, tu terá as respostas. Tuas respostas.
E, acredita em mim, vai ficar tudo bem. E tu não está sozinho. Te vejo na aula, ok?

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1 comentários

  1. Muito legal seu texto e seu blog também, curti ler...
    Sem mais, voltarei claroooo
    Bjs mil

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